sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Manifesto de Repúdio ao Abuso em nome de Deus

Ontem, fui a mais um “culto” de Santa ceia esperando encontrar um ambiente proporcional ao ato: celebração, comunhão, alegria e memorial ao que Cristo fez. Contudo o que vi e ouvi foi o contrario daquilo que comumente se chama de celebração do corpo de Cristo. Ouvi pessoas descaradamente usar o nome de Deus para extorquir os bens pessoais dos fies, com apelos simplistas e descarados.
“Usem a fé e dêem o que vocês têm nas mãos”
“Eu profetizo que você vai receber cem vezes mais” (como se a oferta fosse um investimento)
“Vamos ajudar a obra de Deus”: que dentro do conceito do pregador equivale construir templos suntuosos e assalariar os pastores (o mais absurdo foi ouvir que era necessário adornarmos o nosso templo porque as outras denominações estão construindo, não podemos ficar para trás)
“Temos que investir no reino de Deus” que reino? Reino dos homens, de Deus não!
Depois desse discurso repetitivo e contrario ao espírito do evangelho, os fieis entregaram, pulseiras, alianças de casamento, anéis, celulares, sapatos, ternos, gravatas, dinheiro, tudo e muito mais, uma verdadeira extorsão em nome de Deus, diante dessa cena que não é mais insólita em nossas igrejas ecoa na minha mente as palavras de Jesus (Fizeram da minha “casa” comercio de bens simbólicos) e Jesus os chamou de ladrões da fé, manipuladores de massa, que usam a piedade como fonte de lucro, são os tais que um dia irão reivindicar seu quinhão no reino e, no entanto ouvirá Jesus dizer abertamente: Não vos conheço (Mt.7.22-24)
São esses absurdos e outros mais, que aceleram o meu desencanto com a Igreja institucionalizada.

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